Esse blogger foi criado com o objetivo de partilhar uma forma de ver o mundo.Como num diário, teço vários planos de viagens, principalmente, viagens no território fértil da memória vivida.
"Olhai os lírios do campo"
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Presente
Uma jóia tão rara
Presente ganhei
Tão brava, tão dura
Menina tão pura
Sensível na pele
Gentil e candura
De águas marinhas, esmeraldas não sei
Olhos tão lindos
Tão tristes, pensei
Um gênio nas artes
Na vida não sei
De mãos delicadas
Nas cordas delizas
Com tanta certeza
Buscando na vida
Um ponto ou um conto
Ainda não sei
Só sei que a amo
Na vida gestei
Foi Deus que a fêz, e sempre a amarei.
Polaka
Cabelos ao vento
Na roda entrou
Polaka tão brava
De rosto fechado
A gente que viu
Não acreditei
Tão bela estava
Que a fotografei
Guardei na memória
Este lindo momento
Infância gostosa
Daquela dengosa
Hoje mulher tão formosa
Que histórias se fêz
Num conto de fada
Quando acordei
Tão bela, tão meiga
Feliz eu fiquei
Minha flor
No lodo uma flor estava
Tão triste tão pálida
Um beija-flor que voava
Na sua pétala pousava, beijava
A sua volta circulava, girava e amava
A flor brilhava
Duas mãos apoiava
Entre elas a levava
Para o jardim voltava
Um perfume exalava
Era uma festa
Tudo se alegrava
Um presente do céu
Era uma graça.
Minhas mãos
De repende com o lápis na mão
Vejo-as tão importantes são
Dez dedinhos, centenas de movimentos
Abraço meu corpo todinho
Alcansa todo cantinho
Dos meus cabelos aos pézinhos
Reflito então:
Com importantes são
Mudo ou surdos elas falam
No uso de suas mãos
Cuida de mim com carinho
Toda higiêne enfim
Até alimento na boca
Leva para mim
Uso-as para tudo, sem elas seria o fim
Os médicos, dentistas, professores, artistas
Todos as usam sim
Quem foi este gênio, com tanto carinho
Nos fêz dependentes assim
Homem jamais fabricaria.
Só um veio a minha memória,
É DEUS PAI na nossa história
Abraço
Quem inventou o abraço?
Um gênio.
Abraço transmite calor
Calor e aproximação
Sentimos a respiração
Batidas de coração com coração
Criança no abraço seguras são
Idosos revigorados choram de emoção
Casais que muitos se abraçam nada separa não
Filhos ficam sensíveis
Entre os braços está o coração
Todos que nele entrar
Transbordam de emoção
A graça
Estou em estado de graça
Tão perto estava
Corri, busquei
Perto, longe não sei
Deixei.
Então coloquei
No altar , esperei
Sua é a hora
Orei, agradeci e voltei
Chegando com suavidade, abracei
A graça que tanto busquei
Um sorriso lindo
Um abraço apertado esquecido
Um desejo de amar
Aquele olhar perdido
Encontramos,
Encontrei, a graça que tanto busquei
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Um cadápio para todo dia
Seja gentil e gera respeito
Respeito infunde amor
Amor atrai solidáriedade
Solidáriedade nasce amizade
Amizade aumenta comunidade
Isto é o fruto lindo da paz
Paz que Jesus almejou
Seu Sangue por nós jorrou
Nos curou
Libertou e
Amou
Ensinou-nos o caminho
Da vida
Verdade
Na bela e segura troca
Então para o mundo deixou
ódio x amor
tristeza x alegria
egoísmo x gernerosidade
Mágoa x por compaixão
E cada um fazendo sua parte
A vida segue em plenitude e arte
Jovem
Ser jovem é outro papo
Ter corpo saudável
Excluir bazeado
Malhar concentrado
Alimentar moderado
Fique ligado
Num tripé bem ajeitado
Corpo
Mente
Espírito
Bem alimentado
Você é valorizado
Tripé assegurado
Não fica recalcado
Amadurecido
Não se deixa ser vencido
Com sua marca
Deixa saudades
Jamais será esquecido
Só então compreendi
Vocês foram meu tudo, meu nada.
Minhas alegrias minhas lágrimas
Meu sol, minha noite
Silêncio e inquietudes
Esperança e incertezas
Luz e trevas
Orgulho e vergonha
Morri, renasci
Chorei,sorri e sofri
Um nó arrojado
De amor e fé
Rios calmos e correntezas
Mar profundo em tempestades
Andando sobre as águas
Socorro pedi
Em seus braços
Me ergui
Só então compreendi
O verdadeiro amor
Me rendi.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Saudades
Oh! meu amado, querido!
Da vida cansado, descansa.
Exemplo da minha vida
Família era seu centro
Era um homem muito rico, seu Eurico.
Fina flor no lago da dor
Dava não recebia
Da família seu amor
Seus lábios sorria
Ao ver as netas, seu grande amor
Era paciente na dor
Médica sua neta, um grande sonhador
Contador de histórias, ensinava,
Criava sonhos as netas amadas.
Artesão brinquedos fabricava,
com elas era um menino criador.
O que não teve dava, atenção do vovô marcava
Aqui registro ao papai e vovô querido
A marca do seu amor.
Meu pai
Numa cadeira balança.
Calado, longe quase ninguém alcança.
O que pensas?
Sua história? Com quem partilha?
Balança, pensando, balança.
Tão longe ninguém partilha
Olhar cansado, triste, suspira
Com dores em chamas, não reclama
Pés cansados, quantos calos.
Calos da vida, calos que amarga
Na cadeira balança, entre seus dedos a Biblia
Tão rica, companheira,
fazendo parte de sua história vivida.
Novo olhar
Abro a janela da alma.
Uma brisa leve me acalma.
A esperança reacende
Idéias mágica transcende
LUZ bendita seja
Atinja metas e objetivos chega
O sol brilha, a noite não tarde,
Nas estrelas seus brilhos não apagam.
O dia chega, pássaros cantam, ruídos vários
Despercebidos não são na janela da minh"alma
Sou sensível aos pequeninos
Formigas e abelhinhas nas flores se espalha.
Hoje mais atenta me comprazo
No FRUTO da videira me refaço.
Hoje
Só por hoje, quero ser gente.
Gente que cresce e amadurece.
Só por hoje, só por hoje, quero ser gente.
Quero olhar no espelho.
Ver Sua obra, oh! Senhor.
Enxergar bem no fundo do meu interior.
Seus Olhos vão me ajudar,
a minha pessoa respeitar, e acreditar
E num futuro bem próximo a minha vida mudar
Quero ver os passarinhos no céu a voar.
Só por hoje viver sem nada guardar.
Por receber tanta bondade, compaixão e amor
Do Senhor meu Criador.
Sou única
ELE fez um plano para mim.
Meu Arquiteto É assim.
Escolhe boa morada.
Da carcaça, a tinta e a massa.
Desenhar cada célula com tanta luz.
Meus olhos... o que tu dizes?
As mãos... que trabalha, louva e abraça.
Os pés que caminham com tanta graça.
Cada orgão, que atenção.
O cérebro, maestro canção, exige do coração.
Trabalha no mesmo ritmo.
Calam sábios terrenos, diante de tanta perfeição
O meu Arquiteto nunca refaz.
Sou única, igual a mim nenhum homem faz.
Esperança
Não me prendo no futuro, aprendo com o passado.
Acredito no hoje.
Olho no espelho
Admiro o que vejo:
Meu rosto, meus olhos, meu todo,
Revisto-me com grande apreço.
Sou brilhante, jóia rara, uma pedra de esmeralda
A cinza já não mais encobre o sopro do Divino,
Com seu tato e tanto carinho
Surge o brilho do Pai Divino
Em Sua LUZ no seu caminho me conduz.
Acredito no hoje.
Olho no espelho
Admiro o que vejo:
Meu rosto, meus olhos, meu todo,
Revisto-me com grande apreço.
Sou brilhante, jóia rara, uma pedra de esmeralda
A cinza já não mais encobre o sopro do Divino,
Com seu tato e tanto carinho
Surge o brilho do Pai Divino
Em Sua LUZ no seu caminho me conduz.
Momentos
Quantas oportunidades perdi.
Bateu várias vezes na minha porta , a sabedoria.
Que insensatez, deixei ela ir.
Foi culpa da euforia.
Não. Fruto da rebeldia.
Procurei o culpado, e o dedo apontei.
Foi meu pai? minha mãe? meus irmãos?
Ou obra do acaso.
Se não foram estes, acho que descobri.
Um amor rejeitado, na paixão, ilusão me abri.
Qual o momento. Não sei, não percebi.
Que pena! Em que momento me perdi?
Não sei, as duras penas amadureci.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Reflexão
Quantos anos você vive?
Eu? Muitos.
Mas, quantos anos você tem?
Ah... eu tenho um ano.
Neste ano mudei meu jeito de ser.
Observei sorriso das pessoas,seu caminhar e cada olhar.
Estudei muito, fiz uma reeleitura da minha história.
Quase nada pude aproveitá-las.
Trabalhei muito e pouco tempo sorri.
Preocupei-me com aqueles que marcaram minha
história, esqueci de mim.
De forma torta amei demais,
chorei e fiz o inimaginável.
Vivi infância que não era minha,
roubei de minhas filhas.
Colégios pagos, sufoquei-as com livros literários,
exigi notas elevadas.
Sonhei o amor e reconhecimentos dos mesmos,
amigos e parentes.
Um vazio na m'alma com louco desejo de ser amado.
Perdi tudo. Perdi o quê?
Não perdi, pois nunca conquistei.
Afastei, isolei no trabalho constante no ter.
Quantos anos eu tenho?
Um ano. Aprendendo em tão pouco a sorrir,
caminhar em cada olhar.
Foi a "LUZ" que ora me faz brilhar.
Coloca "LUZ" na sua vida.
Tudo que nasce é vida.
Amor nasce da vida.
Amor e vida parceira certa.
O amor gera luz.
"LUZ" gera vida.
Com luz enxerga caminho.
Na "LUZ" não tenho medo.
Medo? só no caminho que "LUZ" não há.
No escuro há insegurança, medo e fraquezas.
Ficamos dependentes dos vícios e vazios.
Na "LUZ" somos senhores da vida
Sem "LUZ" somos escravos, não somos nada.
Se estás no escuro, nasça para "LUZ"
Amor que gera a vida.
A "LUZ" que gera o amor.
LUZ TRANSCENDENTE
Contente, descontente, feliz, infeliz,
desenvolve o embrião semente.
Embala-se na razão e na emoção das mentes.
Registra o dom, a vida da gente.
Presente, venceu a disputa das minúsculas sementes.
Será?
Ainda existe um deus a dar sentença.
O que houve ontem?
Amor consciente?
Gera fruto da boa semente.
Paixão inconsequente?
Medo, pavor no interior inconsciente.
Cabe aos deuses adubar ou arrancar a semente.
No novo tempo, infinitos deuses são;
juizes registram o julgamento da boa semente.
Mas, o "Senhor", o Deus Criador, chora imensa dor,
olhando seu fruto na cruz, sofredor.
Que se entregou por amor.
Em meio a tanta luta, alegria jorrou.
RESSUSCITOU!!!!!!!!!
Então vida brilhou, em plenitude liberou.
Sementes
Onde estás?
No caminho?
Comida de passarinhos.
Na areia?
Ressequida, solitária transformada em poeira.
Na terra?
Acolhida pela mãe natureza, calor, água, orvalhos,
mineriose tantas riquezas.
Assim o embrião no ventre, o Criador presente, no
tempo contado pela gente.
O homem se faz sábio conta o tempo, escolhe orgãos
ao nascente.
Acha-se o deus do tempo, da vida das sementes.
Débeis, ignorantes sentem-se donos de suas mentes.
Perdem-se, descortina o tempo, áridos, vazios no
pesar dos velhos tempos.
Curvam-se no tempo marcado pelo ego, poder e
força desnundando-se no novo tempo.
Amadurece e reconhece.
Só "ELE" não envelhece, não muda e não marca o
tempo.
Tempo...
O homem não sabe e não vive sem marcar o tempo.
No caminho?
Comida de passarinhos.
Na areia?
Ressequida, solitária transformada em poeira.
Na terra?
Acolhida pela mãe natureza, calor, água, orvalhos,
mineriose tantas riquezas.
Assim o embrião no ventre, o Criador presente, no
tempo contado pela gente.
O homem se faz sábio conta o tempo, escolhe orgãos
ao nascente.
Acha-se o deus do tempo, da vida das sementes.
Débeis, ignorantes sentem-se donos de suas mentes.
Perdem-se, descortina o tempo, áridos, vazios no
pesar dos velhos tempos.
Curvam-se no tempo marcado pelo ego, poder e
força desnundando-se no novo tempo.
Amadurece e reconhece.
Só "ELE" não envelhece, não muda e não marca o
tempo.
Tempo...
O homem não sabe e não vive sem marcar o tempo.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Brincar
O velho tempo, o novo tempo, o tempo hoje.
O velho tempo brincou comigo, hoje, brinco com
o novo tempo.
No velho tempo fui semente, desabrochei no no-
vo tempo.
Em meados do tempo so doei, não me amei, sofri,
chorei parada no velho tempo.
O tempo passou por mim, eu me esqueci no velho
tempo.
O velho tempo não está no meu novo tempo.
No novo tempo estou a colher, saborear, saciar,
discernir e sabiamante brinco com o novo tempo.
Neste jogo do tempo existe O SENHOR de todos
os tempos.
O SENHOR doçura que cura, liberta muda o cur-
so do tempo.
Velho tempo, novo tempo?
Existe tempo?
O Tempo é ELE.
" SENHOR DO TEMPO"
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Tocar
Tocar... suavizar os dedos nas cordas de um violão,
nas teclas de um piano, delizar os dedos em qualquer instrumen-
to e fazê-los fluir os sons.
Tocar nos olhos das filhas querer fazê-las enxergar.
Tocar seus pés e trazê-las ao bom caminho.
Tocar seus corações com pedido de perdão, pelo
tempo ingrato que arrancou-me de suas presenças, impedindo-me
de abraçá-las, beijá-las, ouvi-las e senti-las em sua tenra idade, a
carência.
Ingrato., imatura fui de deixar-me ser instrumento do
tempo.
Senhor tempo, hoje não tenho mais tempo pro tempo.
Rir, gargalhar, cantar, pintar e tocar., hoje brinco com
o tempo.
O tempo já não importa, não conto, nem mesmo tenho
tempo.
Pintar
Um pincel, um lápis, um carvão, um caderno,uma folha,
uma tela, um papelão.
Copiar natureza, copiar coisas do Criador, valorizar ca-
da traço, cada ponto, cada cor.
Porquê?
O lindo é ser imitador do Criador, em suas formas, seu
jeito de ser: doce, singelo, forte, fraco,grande, pequeno em todas
suas formas visíveis e inimagináveis.
Pintar o novo dia, nova história, mais rica, mais alegre.
Transmitir o belo, as experiências e reescrever o que o
tempo não deixou, foi rápido demais e exercia sua força sobre
mim.
Hoje sorrindo, gargalhando, cantando faço um novo
quadro com tintas claras, coloridas, sem deixar esmagar o tempo,
refaço o que rascunhei por falta de tempo.
Sem marcar as horas e o minuto do tempo.
Cantar
Cantar é um dos meus brinquedos preferido.
Cantar é sair de si e envolver no imaginável.
É sonhar, viver, sorrir sem existir o tempo.
É o encontro do eu, sem fronteiras, não conta o an-
tes e não se pensa no depois.
É viver na alegria dos pássaros, rouxinol, sabiá que
embeleza os sons, que chegam aos ouvidos de seus amados,
que sai de si e envolve nos cantos mais longe ou perto suavi-
zando comum toque da nossa alma.
Cantar é liberar a alegria de viver,sonhar excluindo a
marca do tempo.
É mergulhar sem medo, descobrindo o simples, a
suavidade doce e linda do som da voz.
Cante, e, encante não pense no tempo.
Rir e gargalhar
Você consegue rir, gargalhar neste tempo?
Quantos anos você tem?
É criança?
- Então você ri a todo tempo.
Adolescente?
- Preocupado com futilidades, então ri pouco no tempo.
Produtivo?
- Esquece de sorrir desdenhando o tempo.
Está na melhor idade?
- Gargalha, ri a todo tempo. Piadas viram centro e não
dá para pensar no tempo.
Parada, andando, sentada, deitada somos observado-
ras do tempo.
Um passáro com seu cantar transgride o tempo, o de-
sabrochar da flor renova e perfuma o tempo.
Velhas fotos, só para gargalhar do tempo.
Rever amigos é rir, sentir que sempre há tempo.
Melhor idade é aquela que não se lembra do tempo,
ri e gargalha a todo tempo.
O tempo
O tempo é marcado pelas horas e minutos que es-
cravizam o homem. Ele exerce uma força esmagadora em
nossa pele, em cada história vivida, isto acontece da tenra
idade até a fase que por ignorância dizemos produtiva.
Ah! o tempo hoje não existe, o tempo não mais
exerce sua força, hoje exerço a força contra o tempo. Sou
mais rápida que o tempo.
Vejo-me um "polvo" abraço tudo que me dá prazer
e vivo a alegria de construir sem ligar para o tempo. Obras
começadas e terminadas, sem cronometrar o tempo.
Rir, gargalhar, cantar, pintar, tocar como se não hou-
vesse tempo. Sonhar sem contar o tempo.
O tempo não faz mais parte do meu tempo.
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