Sonhei com você, como sonhava aos sete meses
de concepção. Imaginava a cor de sua pele, seus cabelos,
seus olhos.
Fitava no velho calendário uma menina linda e
imaginava como você seria.
Meu sonho se concretizava, a menina do calendá-
rio era real, linda, meu bebê tão sonhado.
Fomos parceiras, amigas, inimigas, irmãs, mãe
as vezes madrasta, juiza. Mas sempre sobrevivia o senti-
mento mais profundo chamado amor. E quando nos en-
contramos entre tantos desencontros a fina flor floreces-
ceu diante de meus olhos, sua voz tornou-se tão aveluda-
da que todas vêzes que o telefone tocava soava a mais
doce e desejada palavra "mamy".
Tô com saudades... sua ausência muito dói.
Deus não tirou vc de mim, Ele a fêz eterna den-
tro de mim. Suas lembranças, suas fotos, suas histórias,
seu jeitinho de ser fixam-se na minha memória.
Só tenho a agradecer por todos momentos vivi-
dos alegres ou doloridos.
Quem faria isto por mim?
Um sábio?
Um cientista?
Quem?
Ninguém. Só o Criador.
Brilhe meu amor, vc é uma estrela no meio da
constelação, ilumime o céu, o mar, a terra onde planto
meus pés, com a permissão do Pai.
Vc será sempre minha estrela, sua luz reflete no
meu seio de mãe, refrigera minha alma, me alegra com
seu canto, me faz sorrir com seu sorriso.
Um dia Deus nos dará oportunidade de um no-
vo encontro.
Durma minha pequena, durma em paz no Seio
Daquele que te formou no meu ventre de mulher.
Durma minha princesa, meu raio de luz, minha
polaka.
Um dia nos encontraremos no Reino do Criador,
onde não não existe dor, nem sofrimento, somente
PAZ e AMOR.