"Olhai os lírios do campo"

"Olhai os lírios do campo"

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Teatro

                      Mundo moderno, tudo pode, o importante é ser feliz, o amor
        virou comércio da realização individual de cada um.
                      Abre-se as cortinas da "lei" que favorece o vazio, enfraquecen-
        o equílibrio entre o físico, psíquico e emocional.    Tudo que é extremo
        trás consequências drásticas, as doenças psíquicas estão se avolumando
        dentro da sociedade que tudo pode.   As leis se distorcem favorecendo
        os "fracos de espírito" aumentando o poder dos "fortes" que regogizam.
                       O que era saudável e harmônico se tornaram retrogadas, e os
        desmandos vão se agigantando destruindo o que é mais belo "o ser hu-
        mano que Deus criou.
                       A cortina se abre, o personagem entre luzes ressalta as multi-
        plas máscaras, o tudo o nada, o sucesso ou a desgraça.             Ali está,
        desafiando sua força em ser aplaudido ou vaiado.   Naquele momento
        vale tudo,  esquece das noites mal dormidas, do cansaço aflito,  daque-
        las batidas fortes de um coração enfraquecido, do calor, da oração, das
        lágrimas clamando pelo tenro ser em seus braços aquecido.
                     A cena se inicia, luzes coloridas, ricamente vestida, a alegria
        debochada ou uma cena que marca uma sexualidade para obter uns
        miseros reais  marcando seu curriculun.                           Mas a cena
        mais marcante, mais real não está no palco dos aplausos ou das vaias,
        está bem distante, no palco onde só dois personagens cansados reve
        a mesma cena diariamente, com investimentos altos veêm por terra
        o que era profundo, seguro, enterrado na lama, na podridão do desa-
        mor, da essência do doar, do colocar-se no lugar do seu próximo.
                    O amor também esta fora de moda? O prato que sacia minha
       fome e a água que sacia minha sêde são descartáveis.
                     Este é o palco que tudo pode, estamos na feira das trocas, o
       amor pelo desafeto, a segurança pela liberdade.
                     Não entra em cena a caridade, é proibida a entrada da essên-
       cia,  os principais atores estão na cochia, deixando passar o ato de su-
       as esperanças e alegrias das cenas que marcaram suas  vidas.
                     Um dia qualquer o ator principal ficara na cochia, aplausos
       ou vaias ficará na lembrança, e as lágrimas que verteram dos olhos
       secundários da cochia verterão de seus olhos, e uma amarga vonta-
       de que o tempo voltasse já não existe mais.
                     A árvore estende sua sombra aos cansados, alimenta com
       seus frutos e nada pede em troca, mas deseja seus cuidados, que
       regue suas raizes, adube e pode seus galhos enfraquecidos e cansa-
       dos.    Descansei em sua sombra, comi de seus frutos, esqueci de
       adubá-la e enrigá-la, quando voltei da longa viagem ali já não esta-
       va. A terra estava seca, ervas venenosas se encontrava.