Mundo moderno, tudo pode, o importante é ser feliz, o amor
virou comércio da realização individual de cada um.
Abre-se as cortinas da "lei" que favorece o vazio, enfraquecen-
o equílibrio entre o físico, psíquico e emocional. Tudo que é extremo
trás consequências drásticas, as doenças psíquicas estão se avolumando
dentro da sociedade que tudo pode. As leis se distorcem favorecendo
os "fracos de espírito" aumentando o poder dos "fortes" que regogizam.
O que era saudável e harmônico se tornaram retrogadas, e os
desmandos vão se agigantando destruindo o que é mais belo "o ser hu-
mano que Deus criou.
A cortina se abre, o personagem entre luzes ressalta as multi-
plas máscaras, o tudo o nada, o sucesso ou a desgraça. Ali está,
desafiando sua força em ser aplaudido ou vaiado. Naquele momento
vale tudo, esquece das noites mal dormidas, do cansaço aflito, daque-
las batidas fortes de um coração enfraquecido, do calor, da oração, das
lágrimas clamando pelo tenro ser em seus braços aquecido.
A cena se inicia, luzes coloridas, ricamente vestida, a alegria
debochada ou uma cena que marca uma sexualidade para obter uns
miseros reais marcando seu curriculun. Mas a cena
mais marcante, mais real não está no palco dos aplausos ou das vaias,
está bem distante, no palco onde só dois personagens cansados reve
a mesma cena diariamente, com investimentos altos veêm por terra
o que era profundo, seguro, enterrado na lama, na podridão do desa-
mor, da essência do doar, do colocar-se no lugar do seu próximo.
O amor também esta fora de moda? O prato que sacia minha
fome e a água que sacia minha sêde são descartáveis.
Este é o palco que tudo pode, estamos na feira das trocas, o
amor pelo desafeto, a segurança pela liberdade.
Não entra em cena a caridade, é proibida a entrada da essên-
cia, os principais atores estão na cochia, deixando passar o ato de su-
as esperanças e alegrias das cenas que marcaram suas vidas.
Um dia qualquer o ator principal ficara na cochia, aplausos
ou vaias ficará na lembrança, e as lágrimas que verteram dos olhos
secundários da cochia verterão de seus olhos, e uma amarga vonta-
de que o tempo voltasse já não existe mais.
A árvore estende sua sombra aos cansados, alimenta com
seus frutos e nada pede em troca, mas deseja seus cuidados, que
regue suas raizes, adube e pode seus galhos enfraquecidos e cansa-
dos. Descansei em sua sombra, comi de seus frutos, esqueci de
adubá-la e enrigá-la, quando voltei da longa viagem ali já não esta-
va. A terra estava seca, ervas venenosas se encontrava.