Num casebre de chão batido
Um homem e uma mulher ali moravam.
Em seus corações a esperança, de uma vida
melhor.
Ambos lutavam em rudes trabalhos, não ti-
veram infância, passaram para vida adulta sem per-
ceber puberdade e adolescencia.
Uniram-se por suas vontades, com a bênção
de Deus.
Naquele casebre os raios de sol e o clarão
do luar atravessavam as paredes feitas de pau a pi-
que.
A única riqueza estava por vir. Grávida, des-
nutrida, juntavam suas forças e esperança para dar
uma vida melhor a seu rebento.
Dores dilacerantes tomava conta de seu corpo, as
parteiras eram anjos, médicos eram luxo, hospital
não estava ao seu alcanse. Estava difícil, sem
escolha. Por misericórdia ao hospital foi acolhida.
Quanta complicação, ao jovem mais um de-
safio, a escolha.
Qual vida condenaria, somente uma poderia
sobreviver.
Calado, anos se passaram, na sua memória
a imagem do seu bebê foi enterrada. Nunca se con-
formou por ser juiz, nunca deu -se a esse direito.
Hoje o homem sem temor, são deuses, juí-
zes, legisladores.
Há quem defende outros condenam, como
fizeram com Jesus Nosso Senhor.
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