"Olhai os lírios do campo"

"Olhai os lírios do campo"

sábado, 29 de junho de 2013

Eu vi Deus!

               Muitos rirão,outras se enfurecerão e alguns dirão:
       Isto é insanidade.
               E você?
               Eu continuo afirmando, eu vi Deus inúmeras vezes.
               Na minha tenra idade tinha muito medo deDeus, pe-
       las "artes" que fazia, então me escondia, pois a visão do
       inferno aparecia claramente; e nas surras que levava, ma-
       tei mamãe várias vezes e Ele me mandava para o fogo.
       Eu me queimava de me do e me escondia de Deus para
       que não me visse.
                Passeio muito tempo brincando de esconde-esconde.
       Pelas  informações que  me  deram Dele, na minha mente
       comparava-o como um ditador, enão sabia lidar com suas
       regras e desejos.
                Para minha grata surpresa às três horas e vinte cinco
       minutos, no dia 28 de dezembro demil novecentos e seten-
       ta e quatro eu vi Deus pela primeira vez e me apaixonei. 
       De Suas mão mágicas recebi um lindo presente,um perfei-
       to presente: a primogênita da família.  Foi assim que inici-
       ou um namoro.  Nas mãozinhas delicadas, na pele da bran-
       ca de neve, nos olhos esverdeados estonteantes pela beleza
       de sua íris, eu via Deus.
                 Eu vi Deus cada passo, cada queda, cada riso, cada
       lágrima. E Deus sempre se fazia presente na minha vida,
       seus presentes eram caros e únicos, e no dia trinta e um de
       outubro de mil novecentos e setenta e sete, colocou em meus
       braços mais um tesouro, outro anjo para fazer companhia pa-
       ra outro anjo, então me senti completa, realizada.  Deus não
       era o ditador da minha infância, compreendi que era amor,
       Doador, que suas leis eram e é um meio de proteção, e pude
       compreender que sem regras, sem leis, o ser humano não pas-
       sa de um verme, desvalorizado e marginalizado pela sociedade.
                 Aprendi ler  "O Construtor" , hábil, gênio da arte, enge-
       nheiro da vida nos detalhes da matéria, oleiro da alma, psicana-
       lista do espírito.
        Então:
                  Eu vi Deus nos olhos de papai,
                  Eu vi Deus nas surras que levei de mamãe,
                  Eu vi Deus nos meus irmãos, companheiros de sangue,
                  Eu vi Deus nas minhas filhas, no abraço, no beijo, no
      amor, na beleza, na inteligência, na doçura, na perfeição do cor-
      po humano, na visão em todo ser.
                  Eu vejo Deus aconchegando nossos presentes no
      "Seu Sopro", acalentando entre Seus braços.
                  Eu vejo Deus nos cantos, nos contos literários, na beleza
       da natureza.
                  Eu vejo Deus nos dedinhos delicados, pequeninos dedi-
      nhos da Karina dedilhando um velho violão da sua maninha,
     firmes soando acordes de Guns n' Roses e na guitarra fantástica
     de Hendrix.
                 Eu ouço Deus na voz delicada, suave, bossa nova, MPB,
     na adolescente que muito me envaidece, enxergando as maravi-
     lhas feitas pelo Criador.
                Eu vejo Deus, " O psicanalista", atento a dor da alma, da
     filha atuando, dirigindo nas múltiplas caras.
                Eu vejo Deus no pequeno ser que se supera dia a dia em
     sua formação acadêmica.
                Eu vejo Deus todos os dias, no ar que respiro, na flor que
    desabrocha, no canto dos passarinhos, na chuva que rega a terrra,
    no sol que germina as sementes, na criança que suga o seio, no la-
    vrador, no jovem responsável, na família que represen ta e faz a
    vontade do "Mestre".
               Eu vejo Deus nos olhos da minha filha, na superação de
    seus limites, no abraço apertado entre ela e o pai.
              Eu vi Deus, eu vejo Deus, nos meus piores desafios, nos
    meus maiores sucessos, nas minhas lágrimas e nas minhas alegrias.
              Eu aprendi a enxergar Deus.
    
       

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