"Olhai os lírios do campo"

"Olhai os lírios do campo"

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Como descrevo o rosto deste mundo.

                    Hoje ao acordar, senti-me melancôlica.
                    O sol desabrochou mandando as trevas embora, pássaros
         gorgijavam, maritacas pareciam enlouquecidas no coqueiro  do
         vizinho, a cachorrada com latidos estarrecedor por todos os lados,
         se eram de  tristeza ou alegria, não sabia, só ouvia-se a barulheira,
         pois estava cercada por muros altos com cerca elétrica, os portões
         com fechaduras, camaras.
                    Fechei os olhos, e minha imaginação descrevia a cara deste
         mundo.
                    UM mundo cheio de medos, solidão, tristezas.
                    O sol derramava lágrimas de fogo, seria bom que tudo der-
        retesse, assim o mundo se tornaria vazio.
                    Nossas casas... Nem isto podemos afirmar com segurança,
        intrusos adentram desrespeitando os limites de sua propriedade,
        amordaçam-nos,  levando consigo  tudo que construimos às duras
        penas, deixando rastros de sua psique doentia.
                    Somos roubados financeiramente, emocionalmente, psi-
       cologicamente.
                    O mundo da minha tenra idade ficou distante da minha
       terceira idade.        Esse mundo do respeito, amor, amizade... não
       existe mais.       A cobiça e o poder têm a cara das trevas, faz dos
       pequenos e inocentes, escravos de abusos e atropelam suas cami-
       nhadas futura nos vícios perniciosos e drogas.
                   A cara deste mundo é a cara da mentira, do poder, das ido-
       latrias, do caminho fácil, do desrespeito humano.   Uma cara que
       oferece o imediatismo das ilusões que tem como pagamento opres-
       são mental, física e psicológica, um preço infinitamente alto.
                   O mundo tem olhos que enxergam a "gostosa" da rua cegando
       os olhos do provedor do lar.  Destruindo toda esperança e amor de
       inúmeras famílias.   Mães que trabalham fora competindo no mer-
       cado globalizado, não tendo mais tempo de olhar o caderno
       do filho, de fazê-lo sentir o calor de seu colo ou ouvi-lo, perde a
       sensibilidade das ameaças externas e internas.
                O mundo mostra a cara da evolução, da criatividade trazendo
       um pacotinho lindo de laços coloridos, onde abraçamos com prazer
       e com o passar do tempo sai das   nossas bocas salivas de fel,   um
       coração entristecido no dissabor da infelicidade.
                Sem saber o que fazer, atordoados pela desilusão, saimos a
       procurar de culpados:
                Quem fêz isto com você?
                O que voce fêz?
                 Enquanto procuramos culpados e desculpas, nossos tesouros
      ficam miseravelmente a mêrce do mundo.
                 Já no fundo do poço Lembramos do Criador.
                 Um mundo que foi feito para ser Luz, por nossa culpa virou
      trevas.
                Seria um paraíso, e fizemos dele um inferno.
                Existem leis para tudo, raras são úteis e educativas.
                Houve época  que o assassino carregava sobre suas costas a
     vitima até se desmanchar, o ladrão era conhecido pela falta de um de
     seus dedos.
                Podem achar radicalismo, mas ao pensar nas consequências
     pensava-se muitas vêzes antes de agir com maldade e desrespeito.
               Seria bom que a pena para ladrões fosse a devolução em dobro
    dos desfalques, o assassino sustentasse a família que ele ceifou, até o
    final de sua vida.        O pedófílo trabalhasse por mais de dez anos e
     sutentasse com seu suor creches e hospitais infantis.  As destruidoras
     de lares trabalhassem em fábricas de fraudas, brinquedos, estéticas,
     dando às esposas desoladas, o essencial que deixaram de ter para aju-
     dar seus cônjuges, e a qualidade de vida básica aos filhos abandonados.
               O mundo mudaria sua cara.
               O mundo teria a cara do amor, respeito e compromisso.
               O mundo teria o Rosto de DEUS.
      
               








/
/




       

Nenhum comentário:

Postar um comentário