O mestre afina as cordas do violão.
Quanto mais aperta, suave sai o som.
Estou entre Tuas mãos. Teus dedos
me tocam, apertam, esticam as cordas da minha
emoção.
Eu não sei qual a razão... ou sei...?
Que valor tem um violão de frouxas
cordas?
Na dor, cega de tristeza, desapontos,
grandes perdas, com carinho, aperta, entre Tuas
mãos um violão de cordas frouxas que num
canto esquecido estava.
Suavemente, acaricia, aperta, um som
ecoa entre Teus dedos, uma linda canção desper-
ta.
Afina-me, as cordas fortes, longe ou
perto posso sentir a dor, a alegria e dar testemu-
nho do Teu grande amor.
Cinze o violão que se achava perdido,
nas Tuas mãos, Mestre Querido, derrama Teu
Sangue curando-me da grande ferida.
Obrigada Mestre, por nunca esquecer
um violão num canto esquecido.
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