Esse blogger foi criado com o objetivo de partilhar uma forma de ver o mundo.Como num diário, teço vários planos de viagens, principalmente, viagens no território fértil da memória vivida.
"Olhai os lírios do campo"
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Mãe, anjo ou demônio?
Gigante na tenra idade, braços que acolhe, protege,
laço indissolúvel de amor, carinho.
Um pássaro que percorre distâncias trazendo alimentos
que sacia a fome do filhote gritante no ninho. Anjo que ensina
voo defendendo monstros que amedrontas o pequenino. Não descansa
noite e dia, velando o indefeso passarinho.
Ao torná-lo grande sente sábio, desbrava caminhos e o
anjo se torna "demônio" pois não quer perder o pequenino. Gaviões
são aves de rapina, ilusões separa o tenro que aos olhos seus sempre
serás pequenino, no caminho dos descaminhos.
Já não sacia a fome do sabidinho enlouquecido pelo país
das maravilhas, dos falsos Pinóquios desfazendo histórias, quebrando
raízes, matando, machucando e humilhando o "demônio" num deslumbrado
mundo de ilusões passageiras.
Para o pequenino agora é o certo, correto que sangra, mas
sacia o vampiro da alma corrompida.
O "demônio" atrapalha, não aceita, resiste na infelicidade
e distante o novo apetece o amor do pequenino.
Um dia o anjo ou demônio se faz lembrança. Uns dizem virou
estrela, brilha no céu, olhe e procure. Nada acharás, apenas um vazio.
Talvez bate uma saudade distante, mas a alegria do ser
pequenino livre, só perceberá a prisão dos fracassos, ou "secessos".
Anjo não existe direi, do "demônio" livre estou.
O senhor do tempo é dele, só ele existe e assim mostrará
alegria ou dor. E no peito do pequenino o tempo calará. Pode ser mel
ou fel. Só o tempo fará sentir o sabor.
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